Como acabei de postar uma lista de substitutos para o glúten e nessa lista contém o "trigo" sarraceno, vou postar uma notícia que achei na Folha Online sobre ele:
Notícia da Folha Online sobre o Trigo Sarraceno
28/03/2008 - 07h59
Trigo sarraceno não contém glúten
da Folha de S.Paulo
As aparências enganam também no mundo da culinária: apesar do nome e do aspecto de suas sementes, o trigo sarraceno não guarda parentesco algum com o trigo ou com outros cereais. Da mesma família do ruibarbo e da bardana, essa planta rústica é cultivada há tempos como substituta do arroz e do trigo verdadeiro. "Crescendo rapidamente mesmo em condições desfavoráveis, é mais usada em regiões de clima frio ou solo pobre", explica Alan Davidson, na enciclopédia "The Oxford Companion to Food".
Nativo da Ásia, o trigo mouro ou preto, como também é conhecido, foi por séculos alimento para os japoneses que moram em regiões montanhosas do país. Hoje, a Rússia é o maior produtor e consumidor. Seu uso na culinária internacional é amplo, tanto na forma de grãos descascados quanto como farinha.
Após lavado, o grão inteiro pode ser cozido da mesma forma que o arroz e consumido puro, em saladas ou como mingau, com frutas. Triturado, é usado em sobremesas que vão ao forno e em tortas e biscoitos. Essa farinha, entretanto, não pode ser usada sozinha para fabricar pães, pois não contém glúten - pelo mesmo motivo, está liberada para portadores de doença celíaca.
Com ela, é produzida uma massa chamada "soba", consumida no Japão há mais tempo do que o macarrão de trigo comum. Geralmente servido frio, acompanhado de legumes e ervas, chega à mesa com um molho à base de shoyu e peixe seco.
Voltando ao início, o trigo sarraceno também se assemelha aos cereais verdadeiros em termos nutricionais. Assim como o trigo e a cevada, tem flavonóides, que são antioxidantes. "Eles diminuem o enrijecimento das artérias e ajudam a elevar o colesterol HDL (o "bom") e a abaixar o LDL (o "mau")", afirma Marcos Knobel, presidente do Comitê do Selo de Aprovação da SBC (Sociedade Brasileira de Cardiologia) e coordenador da unidade coronária do Hospital Albert Einstein. "Por outro lado, sua utilização é dificultada pela falta de hábito do brasileiro."
[Fonte: Folha Online]
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